Lembro de ter respondido que sim. De ter enumerado os motivos.
E hoje, revendo as fotos do passado, mesmo as do seu passado que ainda não incluia o meu, sorri ao ver os seus olhinhos. A sua sobrancelha. O contorno da sua boca. Seu nariz.
Todo o seu conjunto que sempre foi meu desafio de paciência. Minha experiência do querer. Meu teste de devoção.
Sabendo dos corpos em que seu corpo residiu, das mãos que as suas seguraram, dos olhos que iam de encontro aos seus, não seria sorte que os seus gestos e protestos, hoje, existam pertinho dos meus?
Sim, meu amor. É sorte. É sorte ter amor sincero nessa vida.
Sinceridade essa que nem sabemos onde começa e termina. É o tipo da coisa que só se sabe existir.
Tem coisas que sempre vão dar um nó na garganta. E está aí o maior motivo da sorte. Você continua me dando nós na garganta.
E também aqueles arrepios. E os risinhos de felicidade quando você chega em casa.
Passo o dia sentindo seu cheiro e esperando a oportunidade de fazer isso no seu colo. Nesse abraço que parece, sempre, nos salvar de nós mesmas.
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