Ando aos saltos, com passos largos e os pés distantes. A respiração rápida. O descompasso, o turbilhão.
Ando às lágrimas, aos suspiros, com um vazio interior. Respirando o sal que me fez e hoje me corrói.
Ando rindo à toa, com riso tímido de final de tarde, com lábios contraídos ao despertar. Lábios entreabertos para receber.
Ando sem defesa, deixando-me acertar pelo que vier, absorvendo todo um espectro que me persegue, e eu, humildemente, deixo entrar.
Há de ser pro bem. Não importa o que seja, ou mesmo quem. Eu te absorvo, eu te devoro e me dilacero aos sobressaltos.
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